Ona --- I enjoy a lot the way you present your gestures. It is very vivid and real, and I can see the things come alive. You bring me into your world. Again, I am not personally convinced about the soundscape, I liked when you stayed in that “mermaid” position with the legs on the floor singing and doing your own sounding (to tooo): I could be there with you for much longer.
I didn’t understand why you cut so fast the ending
Nati --- my own journey was interesting. Felt like a desert insect trying a new ambience. Creatures came out. The texture of the paper felt like many things, a river, then soft, then grass then hot sand.
Playing with borders, in out of paper, rhythm and silence. Feeling the skin and paper. I think I break the paper in the end because of impermanence. I wanted a change in the environment, and I was just curious on the paper as a texture. How it feels to rip it with teeth, have it between the legs and to
smell it and curl it. No specific plan or story, but I felt I could better listen this time then the “boa merda” day before.
Nice to feel people close around, your curiosity made me also curious
Happy to receive your feedbacks if you wish to share with me:)

NATALIA'S FEEDBACK,
FROM FRIDAY 14TH NOVEMBER 2025 SOLO CREATIONS

Faye --- I just saw a sneak into the white ferry on the white wall. Beuatiful image and energy, but I didn’t catch the full journey
Mays --- a lovely chaos! Amazed by our ability to change stories so quickly, really into it. Change of personagem. A skill! Not sure why and what, but you had me with you
Rose --- beautiful bicho by the window. Um lindo bicho na janela. Gostei o som das pedras e a interacao com o espace limitado e as pedras. Gosto o teu olhar que ta a falar algo que eu ainda nao sei o que e, mas que me toque. As vezes queria tambem ver uma dinamica na joranada do ritmo dos gestos. Que eu sinto e cada dia na tua presentacao tu criar um ambiente espesifica, quase tem um sabor o um cheiro que eu posso cheirar. Es tu, essencia, isso e muito lindo
Gonzalo --- I had already left the building, but luckily forgot my umbrella so I turned around and could
see few seconds of you presentation. As I tell you daily: Rock on brother!!
Antonio --- nice beginning. I like that you took your time. Smelling something, anticipation. Then the fall into the sala branca, the use of the whole space, including us, interactive, humour and playfulness.
I like the gestures, I could see more of that in speed. Funny and free, a character that is doingsomething I don’t understand, but it doesn’t really matter that I don’t get it.
Pedro --- sorry I missed it, but glad I got a glimpse of you after in the street :)
como é que o papel beige
se sente beijado pelos pés?
como é que o papel beige se sente beijado pelos pés?

como a viagem pelos sentidos se aproxima do descalçar?

o caminho podia ser este conjunto de movimentos mais pausados que escolhem a luz mais amarelada como a do sol.

a escrita tem som de passarinhos,
as palavras são em carvão preto mais baço.

os sons agora viraram cores,
como a bolinha azul
e laranjas no topo das nossas cabeças.

deixo poisar os olhos sobre as pedras,
com essa tola vontade de as pintar.

as flores têm música,
que belo é ver a florir
uma folha encaracolada
como onda de cabelo.
há gestos repentinos que se distanciam. pergunto-me.
ouço o que os passos vão sendo, e as dobras do que são os gestos.
aproximo-me. sim.
são fôlegos de velocidades diferentes.
antecipo um encaracolado e um suspiro que abraça a visão de ser. agora estou
a q u i .

agarro essa palavra e levo-a para ali . sair.

patrícia b - durante dança-livro no teatro da lua cheia, carnide, 22 nov
os pés estão lá, mas é o centro que parece unir os pontos, as pontes. e quando os braços podem tocar
o espaço-céu-ar, e as axilas e omoplatas o ser-estar,
os pés "desaparecem", mas são a terra
~
aparece assim a baleia, o cavalo-marinho, o golfinho, o peixe-espada, a orca, o debaixo de água, as bolhas de água, o gesto do som musicado, a palavra deslizada...
~
e aparecem as pedras nas mãos a espiralar,
não são as mesmas que as pedras pegadas no chão.
elevando ao alto ou curvar ao chão não comunica
o mesmo.
~
o pé que pisa o chão tem a sensação de um abraço recebido, o chão que é tocado pelo pé é beijo recebido.
o peito que é atravessado pela coluna frontal até tocar a laringe em direção ao pedir á lingua - que quer permanecer aterrada -, e o olhos que se relacionam com a mandíbula e o céu
~
o suspiro vem do desafio desses encontros e o som é manifestado.
~
o vento bate nas costas, leva pedaços em dança e traz o rasgo do sol de frente
~
e as gaivotas, o que vêm?
~

a parede e o chão, tocados pela esfera-corpo, parecem pertencer ao mesmo cubo que se deixa aqui brincar,
é tão fixe.
~
patrícia b